Porque estou na lista “Juntos pela UBI”
Texto por José Martinez de OliveiraVotar é expressar individualmente uma preferência. Do exercício deste direito, que é também dever, resulta a afirmação de apoio a um projecto e implicitamente a um candidato que assume o compromisso de o executar, e que satisfará os interesses pessoais e sociais do eleitor. Resulta, assim por definição que ninguém vota sem instruir interesses, entendidos como anseios, desejos ou vontades e não mesquinhos benefícios egocêntricos, sendo aqueles função vectorial do individual e do colectivo.
Nesta perspectiva, em termos de estruturação duma lista, identificam-se inicialmente os objectivos a concretizar, depois um plano para a sua execução, e finalmente selecciona-se um executor válido e eficaz, que representa o candidato natural da lista proponente. Para os eleitores não envolvidos nestas organizações fica a opção da escolha entre os candidatos existentes.
Assim, nesta fase do processo de eleições ao Conselho Geral gostaria de partilhar com os Colegas as minhas perspectivas.
São directrizes para os próximos anos, para a UBI como para qualquer outra Universidade, melhorar a qualidade pedagógica e de investigação das suas unidades e departamentos ou mantê-la, se for já de nível elevado. Mas isso não será suficiente. As instituições precisam cada vez mais de um factor essencial ao seu desenvolvimento: a estabilidade. Encare-se esta não só na vertente do conceito base de trabalho em equipe, mas também na do que é necessário garantir para a boa continuidade do seu exercício.
Progressivamente deserdadas do paternalismo da tutela, as Universidades apenas sobreviverão se se tornarem autónomas, o que lhe será possível através duma maior interactividade com o meio, ao qual prestam serviços. Estes não necessitam de ser sistematicamente onerados, mas no presente por eles pouco ou nada recebem. Assim, para assegurar o seu futuro, como entidade e como projecto, terá a UBI de estabelecer parcerias com os mundos empresarial e de responsabilidade sociopolítica. Falo de parceria e não de acordos pontuais ou sinergias. Falo de estratégia conjunta, viva, integrada, necessariamente benéfica para todas as partes e não assimetricamente recompensada.
Por isso, ao adoptar como guião o Plano de Desenvolvimento Estratégico para a UBI 2012-2020, João Queiroz assumiu vários desígnios, de entre os quais saliento por ser certamente o menos convencional e o mais arrojado, o da efectiva "Transferência do conhecimento em prol do desenvolvimento económico, tecnológico e social, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas e da qualidade de vida dos cidadãos”.
Nos tempos actuais no cruzamento dos MEUS interesses, que são também os da UBI, o maior desafio a vencer será o da promoção, aglutinação e concretização de trabalhos de integração na malha produtiva. Os meios de comunicação e de transporte têm transformado a visão dimensional do mundo, implementando intercâmbios e permutas, aproximando o que era distante, mobilizando meios e transformando as Universidades de instituições limitadas à transmissão de conhecimento e vocacionadas para a pesquisa básica, totalmente dependentes do Estado, em organizações de perfil TAMBÉM empresarial, motores dos seus crescimento e financiamento, mas também promotoras do desenvolvimento socioprofissional. Terá de ser pois entidade “aberta e plenamente integrada na comunidade, assumindo-se como um actor relevante no desenvolvimento económico, social e cultural da região envolvente”.
Defini para mim, como estratégia, empenhar-me em accionar formas para a consecução destes desideratos, escolhendo personalidades que venham a permitir satisfazer esta ambição. Necessitamos de programas e líderes capazes de diálogo, de identificar, assumir e corrigir erros cometidos, de interiorizar e processar opiniões. É por isso que nas águas conturbadas dos tempos que vivemos, pretendo ter João Queiroz ao leme da embarcação universitária. Terá de saber navegar em águas que sejam via de aproximação e não de afastamento, e de se orientar com precisão e sabedoria para chegar ao porto almejado.
Para as mesmas águas esforçar-me-ei por trazer parceiros diversificados e capazes, que saibam procurar apoios, estabelecer acordos, e tenham como ambição ver a sua Casa, a sua Terra, a sua Região e o seu País, serem conhecidos, reconhecidos e mesmo admirados.
Por isso e para isso estou com ele e com os que o apoiam.
José Martinez de Oliveira
Faculdade de Ciências da Saúde.